Antes de mais, quero começar por dizer que não consigo escrever a crítica snob que descreve a dramática envolvente da história e faz metáforas pungentes sobre os enquadramentos das cenas... Assim sendo, o que eu faço é dar a minha opinião sincera e brutal, sem ter medo de ofender os teóricos do cinema, porque o cinema não é só para os teóricos... também é para mim e para ti!
"A Valsa com Bashir" foi um dos filmes de animação do ano de 2008, tendo arrecado inúmeros elogios da crítica. Já há algum tempo que estava curiosa para o ver, mas ainda não tinha tido curiosidade suficiente. Isto porque o filme parte de uma premissa um pouco estranha, mas que, tendo em conta o tópico, consegui compreender. Apesar de ser animação, trata-se de um documentário sobre a guerra do Líbano.
O realizador, um veterano desta guerra de 1982, luta para recuperar as suas memórias da guerra. Parte numa viagem até ao passado e às memórias que estão no seu subconsciente e, é por isso, compreensível o facto do filme ser uma animação, pois ele dá-nos uma visão o mais fiel possível das suas memórias.
É um filme, sinceramente, difícil de ver, por ser pesado, por ser numa língua que não reconhecemos minimamente e por ser uma animação a lidar com um tema tão pesado.
No entanto, gostei muito de ver o filme por uma razão... É sempre bom relembrar que a crueldade humana não aprendeu nada com a 2ª Guerra Mundial. Uma tragédia como a que Hitler impôs à Europa faz-nos pensar que o mundo aprendeu com os seus erros, mas a verdade é que não aprendeu e menos de 20 anos depois, um outro genocídio ocorreu em Beirute e, mais uma vez, foi perpetuado por supostos cristãos...
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