Tuesday, April 24, 2007

25 de Abril SEMPRE!

Sei que o blog é suposto ser sobre Cinema e tal… mas sendo eu quem sou, não posso resistir a um…

25 DE ABRIL SEMPRE! FASCISMO NUNCA MAIS!


Vão para a rua e sintam a revolução nas vossas veias! Sem ela eu não poderia escrever tudo o que escrevo aqui, não poderia mesmo escrever nada!

Friday, April 20, 2007

Extrema Parvoíce

É triste… é triste chegar à conclusão de que a Liberdade de Expressão faz com que certas bestas que por aí andam pensem que podem dizer tudo o que lhes vem à cabeça, inclusive incitar à violência desmedida, irracional e sem motivo.


É triste… é triste ver que o sonho social nunca será real, porque teremos sempre que lidar com bestas humanas que nem sabem o que é ser humano.


É triste… é triste verificar que podes matar alguém, usando não armas, mas pura violência extrema e seres condenado a apenas 4 anos e três meses de prisão.


É triste… é triste ver ao que a democracia, o sistema politico supostamente “mais perfeito” pode condenar-te a ter que levar com estas bestas em pleno horário nobre na televisão a gritarem Viva o Hitler!


Só gostava que o próprio do Hitler se levantasse da campa e aplicasse a esta gente o mesmo castigo que aplicou a centenas de milhares de pessoas inocentes, porque essas não mereciam, já estes…


BEM, mas o que eu quero mesmo dizer é o seguinte grupos como os Hammerskin, os 1143 e até mesmo o PNR e as suas fachadas de que são apenas um partido politico e que esta é apenas uma tentativa de “diabolização” da sua imagem, não devem e não podem existir!


O Procurador Geral da República que se diz tão atento que leia melhor a Constituição e ponha esta gente toda num sítio escuro e bem recôndito que é onde eles devem estar! Não há pachorra! Estamos no séc. XXI e ainda é permitido a esta gente criar a Juventude do Partido Nacional Renovador que vai servir apenas como instrumento para tornar jovens mal-formados e mal-educados, no sentido em que não têm um verdadeiro acompanhamento e uma verdadeira educação que os faça distinguir o Bem do Mal, em instrumentos de violência, em puppets de uma ideologia que todos julgamos morta e enterrada, mas que assim só pode renascer das cinzas e incomodar-nos a todos!


Quantos de nós já não sentiram o medo quando nos cruzamos com estes indivíduos na rua?? E todos sabemos que mais tarde ou mais cedo algo vai acontecer e portanto algo tem de ser feito!


Basta! Basta de ficarmos de braços cruzados e apelarmos à liberdade de expressão para estas pessoas dizerem tudo o que querem, quando eles próprios atentam a liberdade de expressão ao ameaçarem pessoas que se expressam contra os seus valores!


Cada vez sou mais fã dos Gato Fedorento pelo que fizeram e por não terem medo de represálias e espero que continuem com críticas ácidas e livres de medos. Alguém tem que falar!

Wednesday, April 18, 2007

Woman in Trouble

Woman in Trouble é digamos que... o subtítulo do novo filme de David Lynch!


E é isso que eu sou neste momento, após ter visto mais um desvario lynchiano, que eu sei, eu sei que tem algum sentido! Só não sei qual...

Não sei que vos diga sobre o filme! Só posso dizer duas coisas com as quais já concordo absolutamente:

1. a Laura Dern é fabulosa sob o olhar lynchiano, parece que só com a freakalhice do Lynch é que ela consegue ser verdadeiramente a actriz que pode e consegue ser;

2. a opção do digital foi brutal. Transforma o filme numa peça ainda mais intimista (como se todas as outras peças dele nao o fossem já) e, mesmo com o digital, ele enquadra perfeitamente cada imagem, cada sequência, as linhas de força estão sempre lá e a nossa atenção é desviada brilhantemente para onde ele quer. Lynch manipula a nossa visão sem nunca condicionar a nossa interpretação da história, do filme, de tudo...

Tuesday, April 10, 2007

300 análises a mais...

Mas para quê tanta análise a um filme, que não passa de puro entretenimento visual? Eu não sei, mas não vi no filme “300” de Zack Snyder nenhuma alegoria aos tempos modernos nem ao conflito Ocidente vs. Oriente e críticas perpetuadas à Administração Bush. Até porque sinceramente já não tenho muita paciência para criticar mais o Bush! Mas… vamos lá, só mais um bocadinho… O homem é burro, é; é equivalente ao Rei Leónidas que pensa que pode tudo com 300 espartanos, é; está sempre contra o oriente, está; pensa que tem sempre razão, pensa; mas pessoal, este homem burro como as portas vai lá estar até ao final do mandato e depois baza e se Deus, Alá ou qualquer outro sádico que esteja lá em cima e que goza connosco a toda hora permitir, daqui a uns anos só se fala no Bush como anedota!

É verdade que analisando o filme tem algumas semelhanças com a actualidade, já estou mesmo a ver o Bush de corpinho bem-feito a aguentar as tropas ali até ao fim, sem medos, sem piedade! No entanto, não me parece que essa seja a melhor forma de avaliar o filme. Parece-me que temos que avaliar o seu conteúdo narrativo e o seu papel enquanto linguagem cinematográfica, que arrebata bilheteiras pelo mundo inteiro.

Quanto à narrativa, acho o filme fraco, os diálogos pouco contundentes e todo o filme parece apenas estar desenvolvido para poder mostrar as partes em que não há narrativa, ou seja, as sequências violentas, com um poder visual fantástico, mas pouco elaboradas a nível de narrativa.

As interpretações são fraquinhas, aliás nada de especial. Tenho que defender Rodrigo Santoro que está irreconhecível no seu papel de Rei Gigante à frente de um exército gigante, perverso, belo e perfeito. Achei a opção de o tornar gigante fantástica e muito visual, muito bem conseguida no sentido de explorar ao máximo os mitos da civilização grega. Não concordei com a opção de dobrar as falas do próprio Rodrigo Santoro que poderiam ter beneficiado de um pouco de sotaque já que o rei Xerxes não era grego nem falava inglês, tal como os gregos não falavam, mas enfim…

Só uma pequena nota aparte: não é fantástico como no mundo de Hollywood toda a gente fala inglês, ele é o Alexandre, é o Leónidas, o Xerxes, o Jesus, só falta porem a Madre Teresa de Calcutá a cantar Madonna, porque no fundo toda a gente no mundo tem obrigação de conhecer por inteiro a cultura anglo-saxónica!

Mas… continuando…

Em termos visuais, acho o filme perfeito. Estabelece uma linha divisória muito marcada entre a sombra, perpetuada pelos asiáticos, e a luz da liberdade, defendida até à morte pelos gregos. E por se tratar de imagens claramente tratadas, claramente próximas da linguagem de BD, a violência e o sexo não se tornam tão fortes, são mais leves, porque nunca temos a ilusão da realidade, sabemos que é tudo ficção.

Sempre fui fascinada pela mitologia grega e tenho a dizer que acho fantástico todos os filmes, livros e formas de arte seja de que forma forem que a exaltem, porque não houve civilização mais próxima da perfeição. Os criadores da democracia estão sedeados em Esparta e, na época, acreditava-se que era o povo descendente de Hércules, esse misto entre Deus e Homem. Acho que o filme é bom no sentido em que nos apresenta as mitologias gregas esquecidas numa época em que só as grandes Batalhas se comemoram, da forma mais real possível. E aqui nunca se pretende atingir o real, mas sim o fantástico, o mitológico e é isso que todos procuramos no cinema: o fantástico!