Monday, June 23, 2008

Scoop - Oops!

O filme pode não ser a sua obra-prima mais brilhante, mas Woody Allen está irremediavelmente brilhante! Os trejeitos, piadas e, com toda a certeza, improvisos de Allen são geniais agora como o eram há 20 anos! O catch aqui é que todos eles já não são uma novidade...


Scarlett está, na minha opinião, a beber de onde todas as futuras grandes actrizes podem beber. Allen é para ela tão grande inspiração como ela parece ser para ele.

Vamos pôr de lado os actores que, neste caso, os dois principais sabemos que são geniais e Hugh Jackman, coitadinho, perde-se por ali, apesar de ser um regalo para a vista e do seu sotaque ser, no minímo, apetitoso!

Um grande oops é o que eu sinto ao longo do filme todo. Oops pela premissa: um fantasma que volta dos mortos para apresentar o último grande scoop, que ainda por cima se revela falso... OOPS! Parece-me tudo muito rebuscado, sim ao estilo de Woody Allen, mas rebuscado demais. Nem a morte parece muito autêntica, já vi mortes bem mais autênticas e até em filmes do Allen. Uma morte que não se mexe, não se irrita nem manda um coice ao jornalista quando ele a tenta subornar... E ele a atirar-se do barco para voltar atrás... rebuscado, rebuscado, rebuscado!

Quanto a tudo o resto... bem, apesar de tudo ter imensa piada e de eu me rir internamente de todos as piadas subtis e descaradas que o filme tem, não é uma novidade no argumento, nem nos planos usados nem em nada.


O melhor do filme: Scarlett Johansson a recorrer à sua veia cómica para desempenhar o papel de uma aspirante a jornalista, desajeitada, disposta a tudo para conseguir uma grande história, mas que deixa sempre os seus sentimentos interferirem nas suas descobertas. Gosto principalmente de Scarlett a tentar passar por cima de todos os disparates e gaffes que Allen vai cometendo e que nos vão deliciando!